A Lauto está mirando alto. Player de logística com sede em Natal (RN), a empresa quer potencializar as suas possibilidades de desenvolver novas soluções e produtos para o mercado logístico brasileiro. Há 25 anos no mercado tradicional, a companhia tem 1,3 mil funcionários e 560 veículos próprios, com os quais está presente semanalmente em mais de 600 municípios brasileiros. São 27 filiais, de Curitiba a Manaus.
“Hoje em dia, não basta mais para o setor de logística trabalhar no modelo tradicional, com grandes estruturas de galpão e frotas. Estamos interessados em novas iniciativas disruptivas que nos ajudem a redesenhar esse mercado no Brasil”, aponta o diretor de logística da Lauto, Luiz Henriques.
Isso explica a decisão da empresa em se tornar mantenedora do NINNA Hub | GROW +, inaugurado recentemente em Fortaleza, no Ceará. Ali neste ambiente, a Lauto está se conectando com players tradicionais e startups para trabalhar em novos projetos de produtos e, até mesmo, pensar na criação de uma nova empresa. “Não se consegue pensar em inovação isoladamente. Precisamos nos conectar com iniciativas externas e estar perto de pessoas que pensem fora da caixa, para juntos enxergarmos esse novo futuro e ajudarmos a construí-lo”, diz.
Segundo ele, independente das tecnologias que estão chegando e transformando o mercado, o segmento de logística sempre será estratégico. Neste sentido, o aumento da visibilidade das entregas é cada vez mais decisiva para os consumidores, o que significa que as empresas precisam aperfeiçoar as suas ferramentas. Porém, existe espaço para evoluções mais significativas.
A Lauto tem estudado diversos modelos pelo mundo, e uma das apostas é na ´uberização´. “É grande a tendência de o setor pegar conceitos do aplicativo de mobilidade Uber e aplicar no transporte de cargas. Mas, esse não é um movimento simples, pois cada carga tem uma particularidade”, diz, citando os diferenciais em transportar medicamentos e uma carga perigosa.
A caminhada apenas começou. “A empresa puramente física que não se adaptar às transformações vai morrer ou acabar refém de alguma ferramenta digital criada por uma startup”, conclui Henriques.